De volta ao Brasil, a reportagem apurou que Marin vai morar com a mulher, Neusa, em um apartamento no bairro de Cerqueira César, na zona de sul de São Paulo. O imóvel tem cerca de 140 metros quadrados.
Antes, os dois moraram por mais de duas décadas em um apartamento nos Jardins, também na zona sul da capital paulista, de 609 metros quadrados e cinco vagas de garagem. O imóvel foi vendido em julho de 2018 por R$ 7,6 milhões. O dinheiro foi usado para pagar despesas com advogados, dívidas processuais e multas nos Estados Unidos.
Entre os motivos listados pela juíza Pamela K. Chen para aceitar que Marin saísse da cadeia agora estão a sua "idade avançada, saúde significativamente deteriorada, risco de graves consequências para a saúde devido ao atual surto de covid-19, status de crime não violento e cumprimento de 80% de sua sentença original".
Marin deixará a prisão dois anos e quatro meses depois de ter sido condenado pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos no período em que presidiu a CBF. Antes, em 2015, ele já havia ficado detido na Suíça e em prisão domiciliar em Nova York acusado de ter recebido U$ 6,5 milhões (mais de R$ 32 milhões pelo câmbio atual) de propina para assinar contratos de direitos comerciais da Copa Libertadores, Copa do Brasil e Copa América.
A Justiça dos Estados Unidos condenou Marin a pagar US$ 1,2 milhão (R$ 6 milhões) e confiscou mais US$ 3,3 milhões (R$ 16 milhões) do brasileiro. Já a Fifa baniu Marin do futebol e ainda aplicou multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 5,4 milhões).
Preso em 2015 na Suíça, Marin vendeu além do apartamento onde morava com a mulher um prédio comercial na rua Colômbia, no Jardim América, por R$ 18,1 milhões, e um casarão localizado no Jardim Europa por R$ 11,5 milhões. A mansão estava em terreno de 2.600 metros quadrados, possuía dois andares, 12 salas, 10 banheiros e estacionamento para 30 carros.
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