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Bolsonaro confirma que Ministério da Saúde deve dar parecer pela volta do futebol sem público

Ministro da Economia, Paulo Guedes, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em tribuna no Maracanã, no jogo entre Brasil e Peru pela final da Copa América. Foto: Luisa Gonzales / Reuters
O presidente Jair Bolsonaro confirmou que sugeriu ao Ministerio da Saúde que emita um parecer favorável ao retorno dos jogos de futebol no Brasil, mas sem público e respeitando medidas de biossegurança contra o coronavírus.

A informação foi publicada pelo GLOBO na terça-feira, quando os clubes e a CBF aguardavam a publicação de uma portaria com a autorização.

Segundo Bolsonaro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária também vai dar respaldo.

"No momento, existe muita gente do meio do futebol que é favorável à volta, porque os empregos estão batendo à porta dos clubes também. Com essa idade, caso seja acometido, a chance de partir para a letalidade é infinitamente mínima, considerando a condição. Eles têm que sobreviver. Muitas vezes tem o pensamento que todo mundo ganha horrores. A maior parte não ganha bem e precisa do futebol para sustentar sua família, ou passam necessidade. No que depender de nós, conversei com o ministro da Saúde, para que o futebol volte sem torcida. Esse parecer deve ser acertado, e a Anvisa também deve dar um parecer nesse sentido — afirmou Bolsonaro, em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira.

Bolsonaro comentou sobre a conversa que teve com o técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, de quem é próximo. O presidente consultou o treinador sobre o retorno das atividades, e ouviu dele que o momento não era o ideal.

"A decisão de voltar o futebol não é minha, do presidente da República, mas nós podemos colaborar. Desde lá de trás, quando conversei com o Renato, eu falei: "Por mim, volta". Ele falou: "Há um sentimento entre os jogadores de que não pode voltar agora", porque o povo estava apavorado. Ainda está apavorado. Fizeram uma campanha enorme de terror junto à população no tocante ao vírus. Como se nós pudéssemos ficar livres do vírus, como se o vírus fosse matar todo mundo. Esse vírus é letal para quem tem comorbidade e para quem tem idade avançada. Esses têm que ter um cuidado todo especial — declarou Bolsonaro.

Diogo Dantas - O Globo

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