
Todos os confrontos serão disputados no enorme complexo da Disney, o ESPN Wide World of Sports, com cerca de 90 hectares, o equivalente a 90 campos de futebol. São três ginásios à disposição (Arena, Field House e Athletic Center) para jogos sem torcida, sendo permitido no máximo seis partidas por dia, além de outros sete para treinos. Uma instalação médica também foi montada.
Ao todo, 22 equipes das 30 da NBA estão na Flórida para o fim da temporada regular. Serão mais oito jogos para cada franquia - o desempenho pré-paralisação se mantém. Os sete primeiros de cada conferência avançam diretamente aos playoffs. Se os times na nona posição no Leste e no Oeste estiverem a quatro vitórias do oitavo colocado em suas conferências, haverá uma repescagem pela última vaga no seguinte sistema: o oitavo precisa vencer um jogo e o nono, dois. No atual cenário, Brooklyn Nets, Orlando Magic e Washington Wizards brigam pelas últimas duas vagas no Leste. Já no Oeste são sete na disputa, com vantagem para Dallas Mavericks e Memphis Grizzlies.
Em quadra, os atletas terão de seguir diversas regras estabelecidas pelo protocolo de segurança, um documento de 113 páginas criado com participação da NBA, da Associação de Jogadores (NBPA, na sigla em inglês), da Disney, além das autoridades de saúde pública da Flórida.
Não é permitido, entre tantos itens, lamber os dedos, cuspir, limpar o nariz, mexer no protetor bucal e usar o uniforme para secar a bola. Os jogadores podem se cumprimentar durante os jogos, mas apenas entre os companheiros. Está proibido o mesmo tipo de contato com os adversários.
O banco de reservas também foram adaptados. São duas fileiras próximas da quadra, onde vão ficar os jogadores e técnicos, sem necessidade de usar máscara. Na segunda, os atletas não relacionados e os outros membros da comissão, todos com proteção Para minimizar o fato da ausência de torcida nos ginásios, a NBA colocou telões nas quadras para exibir imagens de torcedores, que estarão torcendo em suas casas.
PREPARAÇÃO - A preocupação da NBA começou muito antes do reinício efetivo da temporada. Ao chegar na "bolha" no começo de julho, todos tiveram de passar por um período de quarentena sem sair dos quartos e pela testagem para covid-19. Na última atualização, a liga informou que foram realizados testes em 346 jogadores e nenhum teve resultado positivo. Antes disso, foram 25 casos de atletas com novo coronavírus, além de 10 entre os profissionais dos estafes das equipes.
Até um disque-denúncia foi criado para que os atletas pudessem delatar alguém que não estivesse de acordo com o regulamento neste período de isolamento. O pivô Dwight Howard, do Los Angeles Lakers, foi um dos alvos ao andar sem máscara pelo complexo. E não ficou muito satisfeito. "Na minha opinião, acho que não corremos risco de nos contaminarmos enquanto estivermos aqui. Estamos apenas na nossa área interna todos os dias, então acho inútil alguém me denunciar da forma que fez", afirmou.
Jogador do Houston Rockets, o brasileiro Bruno Caboclo também teve de cumprir um período maior de isolamento por deixar o quarto sem autorização durante o período de quarentena. O seu companheiro de equipe, o armador Russell Westbrook, foi um dos jogadores que testou positivo para covid-19, mas já está recuperado.
As equipes puderam levar uma delegação de 35 pessoas. Além da infraestrutura para jogos e treinos, os jogadores têm à disposição shows, exibição de filmes, além de diversos serviços como barbearia. O jogo de cartas está liberado, mas os baralhos são descartados imediatamente após sua utilização.
Quem avançar aos playoffs vai ganhar um plus. Os classificados vão poder reservar um quarto adicional no hotel para que os jogadores possam receber convidados, sempre respeitando o protocolo, com isolamento e testes para covid-19.
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